- O que é
- Benefícios
- Indicações
- Contraindicações
O QUE É
A Drenagem Linfática Manual (DLM) ou Linfoterapia é uma terapia manual que se utiliza de manobras suaves que trabalha o sistema linfático movimentando a linfa até os linfonodos, eliminando assim, o líquido retido em todo o corpo e consequentemente colaborando para minimizar o inchaço, seja ele ocasionado pelo calor, retenção de líquidos ou até mesmo devido a uma intervenção cirúrgica. Inúmeros são os seus benefícios no organismo como a melhora no sistema imunitário, colabora no combate à celulite e tem ação anti-inflamatória, induzindo ainda ao relaxamento.
Desde a descrição da técnica de drenagem linfática manual pelo biólogo dinamarquês Emil Vodder e sua esposa Estrid Vodder em 1936, vários adeptos passaram a divulgá-la e tornando-a num dos principais pilares no tratamento do linfedema. O casal Vodder trabalhava com massagem manual, em Canes, na Reviera francesa, quando observaram a melhora clinica em pacientes com quadros gripais crônicos, nos quais detectavam aumento nos linfonodos na região cervical. Após essa observação passaram a executar determinados tipos de movimentos de estimulação física que foram publicados em Paris em 1936. Desta forma nasceu a técnica de drenagem linfática manual, portanto trata-se de uma técnica observacional.
Inicialmente, ela foi divulgada nos congressos de estética por esteticistas, biólogos e outros profissionais adeptos. Entretanto, nas décadas de 60 e 70 ela foi incorporada pela medicina onde se destacaram os trabalhos de Asdronk em 1963.Nos meados de 1967 foi criada a sociedade de drenagem linfática manual, e a partir de 1976 ela foi incorporada a sociedade alemã de linfologia.
Dentre os principais grupos que utilizam esta técnica temos: Fõldi, Leduc, Casley-Smith, Ciucci, Mayall e outros, os quais acrescentaram suas contribuições pessoais, principalmente no tratamento de pacientes portadores do linfedema. No entanto, mantiveram os princípios preconizados por Vodder.
A DLM é caracterizada por seus harmoniosos, precisos, lentos e cadenciados movimentos que são feitos através de pressões suaves, de aproximadamente trinta torricellis, e nunca podem provocar dor alguma. A DLM segue um protocolo rigoroso de execução, com movimentos específicos para cada parte do corpo. A DLM atua não apenas no local da massagem, mas em todo o sistema linfático.
A drenagem linfática só deve ser feita por um profissional com qualificação como um fisioterapeuta, esteticista ou um terapeuta com aptidão para massagem. As manobras precisam ser com toques suaves para que se possibilite o alcance dos líquidos perdidos. Se for feita muita pressão, acontece a obstrução dos vasos e não há qualquer resultado. A ingestão de água contribui para a velocidade em que as toxinas são liberadas do corpo e a eliminação do inchaço. Para se conseguir bons resultados, é recomendado que se faça de uma a três sessões de drenagem linfática por semana (dependendo de cada caso). É importante sempre que se faça alguma atividade física.
EFEITOS
• Aumenta a circulação sanguínea e linfática;
• Estimula a filtração e a reabsorção nos capilares sanguíneos;
• Absorve os líquidos excedentes e proteínas do espaço intersticial;
• Estimula a contração da musculatura lisa dos vasos linfáticos;
• Estimula o trofismo na região aplicada;
• Melhora a absorção intestinal;
• Produz relaxamento das fibras musculares esqueléticas;
• Reduz a pressão hidrostática;
• Melhora a oxigenação e nutrição celular;
• Melhora a textura e a elasticidade, na cicatrização, restabelecendo a corrente circulatória periférica da lesão;
• Diminui a probabilidade de fibrose ao redor dos adipócitos e a consequente formação de nódulos sobre a pele;
• Melhora a circulação local;
• Elimina resíduos metabólicos e, em cicatrizes maduras, suprime aderências, amolecendo os tecidos.
Efeitos secundários
• Ação sobre o sistema nervoso vegetativo, que produz estímulo parassimpático, causando relaxamento;
• Ação sedativa sobre os reflexos álgicos;
• Ação sobre os linfonodos, com efeito imunológico.
INDICAÇÕES
Edemas e linfedemas: a drenagem linfática age ativando a circulação sanguínea propiciando a redução do linfedema e regeneração do sistema linfático. A depender do estágio da disfunção podem ser necessárias medidas auxiliares como o uso de enfaixamento compressivo e contenções elásticas;
Fibro edema geloide e lipoesclerose: a drenagem linfática auxilia a evacuação de líquidos proteicos e toxinas que tornam o tecido acometido pela patologia edemaciado e com aderências, normalizando o pH intersticial e favorecendo a nutrição e a oxigenação tissular;
Insuficiência venosa crônica: a incontinência valvular, com estase ou refluxo, leva a rede linfática a se revelar insuficiente para drenar o líquido intersticial excessivo. Juntamente com este excesso de líquido intersticial, há uma aglomeração anormal de proteínas e um aumento do número de leucócitos. A drenagem linfática auxilia na redução do edema de forma eficaz e rápida, eliminando o excesso de líquido do meio tissular para os vasos venosos e linfáticos.
Cefaleias e nevralgias: a cefaleia do tipo tensional é a mais frequente entre todos os tipos. Esta modalidade de cefaleia tem como mecanismo fisiopatogênico a seguinte sequência de eventos: uma problemática psicológica desencadeia uma contração muscular que aliada a vasoconstrição leva a produção de catabólicos algogênicos, dando a dor como resultado final. A drenagem linfática manual aumenta a circulação local, além de promover relaxamento e sedação geral, contribuindo para a redução da dor e do espasmo muscular.
Edemas gestacionais: durante o período gestacional ocorrem inúmeras modificações no organismo feminino para proporcionar ao feto o máximo de desenvolvimento e independência, o que põe à prova todo organismo da gestante, e que poderá levá-la a relatar inúmeras queixas. O edema de membros inferiores faz parte das queixas mais frequentes, e é acompanhado por vários ajustes secundários de outros sistemas. Seu surgimento está ligado à circulação linfática, seja diretamente em consequência do aumento de aporte de líquido ou indiretamente em consequência de uma patologia linfática específica. A drenagem linfática manual é um recurso valioso para a prevenção e o tratamento dessa condição;
Síndrome pré-menstrual: a sintomatologia característica da síndrome da tensão pré-menstrual, como: cefaleia, mastalgia, fadiga, dores nas pernas e desconforto pélvico, irritabilidade e ansiedade desse período podem ser amenizadas pela drenagem linfática;
Tratamento pós-cirurgia plástica: na recuperação pós-cirúrgica, a técnica de drenagem linfática manual é empregada para drenar edemas, favorecer e acelerar a regeneração tecidual e aliviar quadros álgicos. Quanto mais precoce for o início da realização da drenagem linfática manual melhor e mais rápida a recuperação do paciente. A drenagem atua tanto na regressão do edema como na uniformização do tecido que está cicatrizando por baixo da pele, evitando ondulações e a formação de nódulos na região.
Tratamento coadjuvante de cicatriz hipertrófica e queloideana;
Enfermidades crônicas das vias aéreas como rinites, sinusites, faringites;
Acne;
Rosácea;
Insônia.
CONTRAINDICAÇÕES
Há contraindicações absolutas e relativas (parciais) para a realização da drenagem linfática manual.
Contraindicações absolutas:
• Tumores malignos não controlados: pelo risco de disseminação de metástases da patologia por via linfática;
• Tuberculose: o bacilo desencadeador da tuberculose (bacilo de Koch) aloja-se nos gânglios linfáticos e pela estimulação ganglionar, o bacilo pode voltar à atividade;• Eczemas cutâneos: risco de erisipela
• Processos infecciosos e inflamatórios agudos: a aceleração do fluxo linfático pode disseminar a infecção;
• Edemas oriundos de insuficiências renais, hepáticas ou cardíacas não-controlados: a sobrecarga de fluxo linfático originado pela drenagem linfática pode levar a congestão das estruturas fragilizadas por patologia de base;
• Insuficiência renal aguda: ao aumentar o aporte de líquido a ser filtrado pelo rim, a drenagem linfática pode causar um colapso do sistema renal;
• Trombose venosa profunda, flebites e tromboflebites agudas: pelo risco de tromboembolismo;
• Erisipela em fase aguda: a aceleração do fluxo pode disseminar a infecção;
Contraindicações relativas (parciais):
• Cânceres tratados: desde que haja consentimento médico, assegurando a impossibilidade de recidivas;
• Hipertireoidismo: a estimulação direta sobre a glândula pode alterar a secreção hormonal, portanto, a drenagem linfática deve ser realizada sem manipulação sobre a área da tireóide;
• Insuficiência cardíaca: o aumento do fluxo cardíaco ocasionado pela drenagem linfática pode ocasionar aumento do trabalho cardíaco e colapso do sistema, portanto, a drenagem linfática só deve ser realizada em pacientes compensados metabolicamente e com autorização do médico cardiologista;
• Asma brônquica e bronquite: deve-se evitar estimular e região esternal para não potencializar as crises;
• Hipotensão arterial: pacientes hipotensos devem ser monitorados quanto à pressão, antes, durante após os atendimentos de drenagem linfática;
• Afecções da pele: não massagear diretamente as áreas acometidas;
• Estados febris: a aceleração do fluxo linfático pode disseminar processos infecciosos.
Pessoas com câncer é está com inguas linfonodos pode realizar drenagem??porq aq na minha cidade tem fisioterapeuta é esteticista fazendo em pacientes com quadro inflamatório
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